sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Norte e Nordeste receberão 91% dos médicos cubanos- 3o Bimestre

Norte e Nordeste receberão 91% dos médicos cubanos

O restante dos profissionais da ilha ficará no Sudeste e Sul do país, segundo Ministério da Saúde. Distribuição dos profissionais se deu por IDH das cidades

Marcela Mattos, de Brasília
Médicos cubanos chegam à Recife para integrar o programa do governo federal.
Médicos cubanos chegam à Recife para integrar o programa do governo federal. ( Matheus Brito/ Estadão Conteúdo )
As regiões Norte e Nordeste do país receberão 364 dos 400 médicos cubanos que vieram para o Brasil na primeira fase do programa Mais Médicos do governo federal. O número equivale a 91% dos profissionais, informou nesta terça-feira o Ministério da Saúde. O restante dos profissionais seguirá para Sul e Sudeste. Por ora, nenhum médico cubano vai aturar no Centro Oeste do país.
No Nordeste, 201 cubanos prestarão atendimento nas unidades básicas de saúde em municípios da região – e seis em distritos indígenas. Já o Norte terá 123 profissionais de Cuba atuando nos municípios e 34 em distritos indígenas. No Sudeste, 27 dos trinta cubanos alocados na região atenderão em Minas Gerais. E os seis profissionais enviados ao Sul do Brasil trabalharão no Rio Grande do Sul.
De acordo com o Ministério da Saúde, a distribuição dos profissionais foi feita de modo a priorizar cidades com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Dos municípios que receberão os doutores cubanos, treze registram IDH muito baixo e 133, baixo. O governo, contudo, alocou cubanos em nove cidades com alto IDH. Nesse caso, a justificativa é beneficiar as regiões pobres e carentes de médicos nesses municípios.
Até o final deste ano, o Brasil receberá 4 000 médicos cubanos, que serão distribuídos em 701 municípios, segundo acordo fechado entre o governo e a Organização Panamericana de Saúde (Opas). Os profissionais oriundos da ilha dos Castro são submetidos a condições diferenciadas dos demais médicos estrangeiros que integram o programa no Brasil: além de não trazerem consigo a família, receberão apenas uma parcela dos 10 000 reais pagos aos profissionais que atendem pelo Mais Médicos – o restante do dinheiro fica com a ditadura cubana. Além disso, os cubanos têm restrições para deixar os alojamentos onde estão hospedados no país.
Brasileiros – O primeiro dia de trabalho dos brasileiros que participam do programa foimarcado por faltas e desistências na segunda-feira. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que ainda não foi feito um balanço dos faltosos, e buscou justificar a baixa adesão com a necessidade de importar médicos estrangeiros. Ao todo, 1 096 profissionais haviam feito o cadastro no programa para trabalhar em 454 municípios e 16 distritos de saúde indígenas. As secretarias estaduais terão de informar se os médicos se apresentaram ou justificaram o atraso no início do atendimento à população. Se os profissionais não comparecerem até o próximo dia 12, serão excluídos do programa. 
“A ausência só revela uma drama que os municípios têm quando fazem um processo de seleção pública e reforça a estratégia de estimular profissionais a trazer médicos de outros países. Só estamos conseguindo preencher vagas de médicos em regiões de baixo IDH por causa da cooperação que fizemos com Cuba”, afirmou Padilha. "Se for um boicote, é de uma perversidade quase inimaginável. Todos os filtros foram feitos para garantir a participação de quem realmente tinha interesse. Se algum profissional só homologou o cadastro só para ocupar vaga, é de muita perversidade", continuou.  
Segunda fase - Balanço divulgado pelo Ministério da Saúde mostra que 514 municípios se inscreveram na segunda etapa do Mais Médicos. Os pedidos foram enviados para a pasta até sexta-feira passada. Juntas, as cidades solicitaram 1 165 profissionais. Na primeira fase, 3 511 municípios se candidataram, solicitando 15 460 profissionais. Agora, são 4 025 as cidades participantes do programa - o que acarreta a necessidade de contratação de 16 625 profissionais.


Para a segunda fase do programa, 3 016 profissionais – 1 414 com diplomas no Brasil e 1 602 formados no exterior, de 65 nacionalidades – se inscreveram. Eles terão até a próxima quarta-feira para indicar os municípios onde desejam atuar e, entre os dias 6 e 9 de setembro, para finalizar o processo de homologação. As vagas remanescentes, a serem preenchidas pelos estrangeiros, serão divulgadas no próximo dia 13. 

COMENTÁRIO:
Pedi aos meus pais que me explicassem esse programa do governo, o "Mais médicos". Eu não estava entendendo muito bem. Depois da explicação eu entendi,mas continuei confusa. Os médicos trabalharão em locais que tem condições de atendimento? Será, que tendo os médicos cubanos, vão melhorar os postos de saúde e os hospitais? Acho que não. Também fico imaginando, como dever a vida em Cuba, deve ser muito ruim, pois quem vai receber o salário dos médicos, é Cuba, e os cubanos vão continuar a receber o salário que recebiam lá. Penso que vão viver aqui com muito pouco dinheiro. Achei todo esse programa, tão estranho...O certo seria o governo melhorar os locais de atendimento dos médicos e só depois contratar os cubanos. Talvez, nem precisassem, já que os locais estariam melhores e os brasileiros poderiam trabalhar.

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