Gelo de inverno na Antártica bate recorde de extensão. Cadê o calor?
ALEXANDRE MANSUR
17/10/2013 13h33 - Atualizado em 17/10/2013 14h02
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A camada de gelo flutuante que cerca a Antártica no inverno chegou a um novo recorde de extensão este ano. No final de setembro, as placas geladas alcançaram 19,47 milhões de quilõmetros quadrados. O recorde anterior, do ano passado, era de 19,44 milhões de quilômetros quadrados.
A imagem acima, divulgada pela Nasa, mostra a extensão do gelo em branco. A área cinza escuro é a parte de terra firme da Antártica. O cinza claro são as plataformas de gelo que persistem ao derretimento do verão.
O gráfico abaixo mostra como a extensão de gelo variou nos últimos anos. Há uma aparente tendência de aumento na extensão desde 1980.
É interessante entender como o aumento na extensão de gelo na Antártica no inverno faz sentido quando se sabe que o planeta todo vem esquentando.
Apesar da superfície da camada de gelo no inverno ter mostrado sinais de aumento nas últimas décadas, a tendência em algumas partes do continente é de degelo acelerado. Como na Península Antártica.
Para os cientistas, o fenômeno responsável pela maior extensão de gelo da Antártica no inverno é derivado de algum fator local, que não concorre com o aquecimento global. Nem o compensa, como explica o post que fizemos no recorde do ano passado.
Segundo pesquisas recentes, a Antártica demora mais a reagir a mudanças globais na temperatura. Foi assim na saída da última era glacial.
COMENTÁRIO: Eu já sabia que na Antártica há mais gelo que no Polo Norte, mas eu não sabia que este gelo estava até aumentando. O curioso é que este aumento acontece quando o planeta está esquentando! Segundo os cientistas, a Antártica demora mais para reagir a mudanças globais na temperatura, como aconteceu na última era glacial. Será que estamos entrando em uma nova era glacial? Pelo menos, aqui no Rio de Janeiro vai ficar mais fresquinho.
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