quarta-feira, 3 de julho de 2013

Mais de um milhão de pessoas protestam em 75 cidades brasileiras. 2o Bimestre

Mais de um milhão de pessoas protestam em 75 cidades brasileiras

Quinta-feira (21) de protestos terminou com atos de vandalismo, ao menos 77 pessoas feridas e, pela primeira vez desde o início da onda de manifestações, uma morte. Dilma terá reunião de emergência com ministro da Justiça

REDAÇÃO ÉPOCA, COM ESTADÃO CONTEÚDO
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Avenida Presidente Vargas, no Rio de Janeiro, está fechada para o protesto. Segundo o Coppe UFRJ, 300 mil pessoas estão na manifestação na capital fluminense (Foto: Carlos Ivan/ Agência OGlobo)
Na noite desta quinta-feira (21) aproximadamente um milhão de brasileiros foram às ruas de 75 cidades do país manifestar contra uma série de insatifações, como o preço das tarifas de transporte público, os gastos para a realização dos grandes eventos esportivos de 2014 e 2016, a votação da PEC 37 e a aprovação do projeto de lei da "cura gay".  Durante a noite de protestos, houve passeatas pacíficas, mas também atos marcados por depredações e violência. No total, ao menos 77 pessoas ficaram feridas - entre elas, 62 no Rio de Janeiro, e uma foi morta, em Ribeirão Preto, no interior de SP.
Primeira morte durante protestos
Pela primeira vez, desde o início da onda de manifestações, há cerca de 15 dias, uma pessoa morreu. O nome do jovem ainda não foi divulgado pela Polícia Militar (PM). De acordo com as autoridades, o garoto foi atropelado durante protesto em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, no cruzamento das avenidas João Fiúza e Adolfo Molina. Segundo a PM, o motorista tentou furar o bloqueio feito pelos manifestantes no local. Após discutir com alguns ativistas, o motorista do carro avançou violentamente sobre os manifestantes.
Cenas de violência por todo o país
Além de São Paulo e Rio de Janeiro, outras regiões do Brasil também tiveram manifestações violentas na noite desta quinta-feira (21). Jornais de diversos países destacaram os protestos no Brasil e os episódios de violência. Autoridades internacionais também têm orientado os turistas a evitar os tumultos. A embaixada dos Estados Unidos no Brasil chegou a publicar nota de orientação a seus cidadãos. 
Em Brasília, houve depredação e tentativa de invasão do Palácio do Itamaraty. A polícia tentou conter os invasores com gás, mas o prédio teve janelas quebradas e focos externos de incêndio. Além disso, a paisagem da Esplanada dos Ministérios foi tomada pelo gás lacrimogêneo e até a Catedral, criada pelo arquiteto Oscar Niemeyer, se tornou alvo de vândalos. O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, disse, por meio da assessoria de imprensa, que os “atos de vandalismo não podem se repetir”. Após duas semanas de protestos, foi o ataque mais violento a um centro de poder. Antes, o Congresso Nacional, a Assembleia Legislativa do Rio, o Palácio dos Bandeirantes e o Edifício Matarazzo (sede da Prefeitura de São Paulo) haviam sido alvo de protestos.
Em Belém, os manifestantes chegaram a tentar atirar pedras contra o prefeito.

No Rio de Janeiro, a confusão foi deflagrada depois de um confronto entre os próprios manifestantes, em frente ao prédio da prefeitura. No centro da cidade, depois de quatro horas de enfrentamento entre o público e a polícia, o tumulto ainda se espalhou por outros pontos.
Em São Paulo, estima-se que cerca de 100 mil pessoas tenham comparecido à manifestaçãono centro da cidade. Os protestos em São Paulo foram, em grande parte, pacíficos. Os manifestantes comemoraram a revogação do aumento nas tarifas do transporte público na capital. Em nota publicada nas redes sociais, o Movimento Passe Livre (MPL), que deu início às manifestações pela redução das tarifas de transporte público na capital paulista, repudiou os atos de violência e a depredação cometidos. Nesta sexta-feira, o MPL anunciou que não convocará novos protestos em São Paulo.
Reunião de emergência
Diante da onda de protestos generalizada por todo o país, a presidente Dilma Rousseff vai se reunir na manhã desta sexta-feira (21) com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para discutir as manifestações que tomam as ruas do país.
Dilma já havia cancelado a viagem que faria ao Japão no próximo domingo devido. O vice-presidente da República, Michel Temer, antecipou a volta de sua visita ao Oriente Médio.
As manifestações são acompanhadas no Planalto pela Secretaria-Geral da Presidência, responsável no governo pela articulação com movimentos da sociedade civil. O secretário executivo da pasta, Diogo de Sant’ana, recebeu ontem de manifestantes um documento com reivindicações dirigidas à presidente Dilma. Eles pedem uma reunião entre o governo e vários grupos que organizam os protestos Brasil afora.

COMENTÁRIO: Assistir as manifestações me deu muita vontade de sair às ruas, me juntas às pessoas e gritar que está tudo errado! Cheguei a chorar vendo as pessoas com a bandeira do nosso país, cantando o hino e pedindo mudanças. Eu queria muito ir, mas a minha mãe não deixou. Porque o país chegou a uma situação tão ruim? Porque as pessoas não foram para as ruas antes? Porque quem governa o país deixa as crianças abandonadas, pessoas sem comida e sem trabalho? Crianças sem escola e sem uma boa educação. Muito triste isso. É muita roubalheira e corrupção. Espero que com essas manifestações, o governo melhore e os políticos parem de roubar. Não podemos deixar de manifestar, senão nada vai mudar! NÃO É SÓ POR 0,20 CENTAVOS!

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